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Bem vind@ à página de Ton MarMel (anTONio MARtins MELo), Artista Visual que desde infante manifestou talento para pintura, desenho, escultura, frequentou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, recebeu vários prêmios, participou de salões de arte, exposições individuais e coletivas, e também é jurista, Advogado pós-graduado, especialista em Direito Público.

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sexta-feira, abril 20, 2012

BRASÍLIA - 21 DE ABRIL

BRASÍLIA NÃO É SÓ POLÍTICA E CORRUPÇÃO. BRASÍLIA É A CAPITAL DO BRASIL E TEM APENAS 8 DOS 513 DEPUTADOS, E 3 DOS 81 SENADORES. A MAIORIA DOS MINISTROS TAMBÉM NÃO É DE BRASÍLIA. SE A CORRUPÇÃO É ENDÊMICA, ISSO É UM MAL DO PAÍS, NÃO DE BRASÍLIA. COMECE A COMBATER A CORRUPÇÃO NA SUA CIDADE, NO SEU ESTADO, COMO ESTÁ SENDO FEITO NO DF.

(1- Cópia de Cartaz.do Legião Urbana. 2- Panfleto da Banda de Rock Brasiliense Legião Urbana com Renato Russo. 3- Banda de Rock Paralamas do Sucesso com Herbert Vianna. 4- Cássia Eller, que dispensa comentários. 5 - Zélia Ducan, paixão musical. 6- Dinho Ouro Preto, músico do Capital Inicial. 7 - Capa do álbum musical do Capital Inicial. 8 - Ney Matogrosso, renomado músico que integrava a banda musical Secos e Molhados e que trabalhou em hospital público em Brasília. 9- Rênio Quintas e Célia Porto, maestro, compositor e esposa, cantora, amigos de décadas. 10- Oswaldo Montenegro, músico, compositor que conheço desde adolescente e que a mãe dele foi minha professora de português (e dei trabalho a ela). 11 - Capa de álbum musical dos Raimundos, famosa banda que deixou saudades por suas letras de músicas irreverentes conhecidas. 12 -  Maestro Jorge Antunes e seu maravilhoso talento)


 "Diga a um brasiliense que a capital do país está cheia de corruptos e ele reagirá furioso: "Os outros estados é que mandam esse povo pra cá". Mas fale que os Paralamas do Sucesso são cariocas e logo receberá um: "Pirou? Eles começaram em Brasília". A relação de amor e ódio entre a Capital Federal e o resto do país é a mesma dos brasilienses com seus dois principais produtos. Desprezo pelos políticos e adoração ao rock 'n' roll.

O último esc...ândalo político do DF agravou essa relação. Ele enterrou as megacelebrações previstas para o cinquentenário de Brasília. Para a ocasião, os organizadores cogitavam trazer U2 e Paul McCartney. Dois anos depois desse escândalo que derrubou o governador local, a redenção para o ego brasiliense chega com o documentário Rock Brasília.

A recordação do rock nacional feito em Brasília no final dos anos 1970 e na década de 1980 acontece exclusivamente pelo ponto de vista dos entrevistados - alguns desses relatos, organizados de um jeito que deixa a narrativa um pouco entediante, são material de arquivo. As passagens com Renato Russo são as melhores. Aqui ele aparece como só os amigos o conheciam: bem-humorado, fazendo piada de tudo, muito diferente do letrista melancólico e revoltado de "Geração Coca-Cola" e "Índios".

As entrevistas com o "trovador solitário", como ele se intitulava, foram feitas antes de o líder da Legião Urbana descobrir que era portador do HIV. Segundo relatos de amigos e produtores, depois de receber o resultado, Renato Russo sucumbiu à depressão, mesmo que os sintomas ainda não tivessem se manifestado. Lançado no momento que marca os 15 anos da morte do maior ídolo do rock nacional, o documentário deve ressoar particularmente bem com os fãs da banda.

Para a nova geração, o filme do diretor Vladimir Carvalho ajuda a explicar porque os quase jurássicos roqueiros do Capital Inicial lançaram no Rock in Rio palavras de ordem contra José Sarney. O protesto está no DNA da música brasiliense, desde a mais revoltada Plebe Rude, passando por Aborto Elétrico, Detrito Federal, Volkana e BSB-H. Nas entrevistas com André X, da Plebe, a Colina é o pano de fundo. Neste pequeno conjunto residencial dentro da Universidade de Brasília nasceu o rock da cidade. O movimento era também uma forma de resistência ao regime militar, e todo mundo ali já havia levado algumas borrachadas da PM.

Hoje, passados 30 anos, cresce a 100 metros da esquecida Colina a única favela de Brasília, dentro dos limites da UnB. O reitor da universidade, conhecido como Zé do MST, milita no governo. A UNE, que há três décadas desafiava os militares, agora recebe polpudas verbas federais para ficar em casa.

O rock de contestação de Brasília é parte do passado, então? Em protestos contra a corrupção, milhares de manifestantes ainda cantam: "Na favela, no senado, sujeira pra todo lado". Os versos de "Que País é Este?", música-título do álbum de 1987 da Legião Urbana, continuam ressoando, e a juventude hoje deve isso à galera da Colina. Mas o que vem agora?" (Rafael Imolene Fontana, em Rock Brassília).

(1- Lúcio Costa. 2- Osacar Niemeyer. 3- Burle Marx. 4- Athos Bulcão. 5- Bruno Giorgio. 6- Siron Franco. 7- Darlan Rosa. 8- Rubem Valentim. 9- Toninho de Souza. 10-  Glênio Bianchetti. 11- Ton Marmel. 12- Galeno)




"Brasília é construída na linha do horizonte. – Brasília é artificial. Tão artificial como devia ter sido o mundo quando foi criado. Quando o mundo foi criado, foi preciso criar um homem especialmente para aquele mundo. Nós somos todos deformados pela adaptação à liberdade de Deus. Não sabemos como seríamos se tivéssemos sido criados em primeiro lugar, e depois o mundo deformado às nossas necessidades. Brasília ainda não tem o homem de Brasília. – Se eu dissesse que Brasília ...é bonita, veriam imediatamente que gostei da cidade. Mas de digo que Brasília é a imagem de minha insônia, vêem nisso uma acusação; mas a minha insônia não é bonita nem feia – minha insônia sou eu, é vivida, é o meu espanto. Os dois arquitetos não pensaram em construir beleza, seria fácil; eles ergueram o espanto deles, e deixaram o espanto inexplicado. A criação não é uma compreensão, é um novo mistério. – Quando morri,um dia abri os olhos e era Brasília. Eu estava sozinha no mundo. Havia um táxi parado. Sem chofer. – Lucio Costa e Oscar Niemeyer, dois homens solitários. – Olho Brasília como olho Roma: Brasília começou com uma simplificação final de ruínas. A hera ainda não cresceu. – Além do vento há uma outra coisa que sopra. Só se reconhece na crispação sobrenatural do lago. – Em qualquer lugar onde se está de pé, criança pode cair, e para fora do mundo. Brasília fica à beira. – Se eu morasse aqui, deixaria meus cabelos crescerem até o chão. – Brasília é de um passado esplendoroso que já não existe mais. Há milênios desapareceu esse tipo de civilização. No século IV a.C. era habitada por homens e mulheres louros e altíssimos, que não eram americanos nem suecos, e que faiscavam ao sol. Eram todos cegos. É por isso que em Brasília não há onde esbarrar. Os brasiliários vestiam-se de ouro branco. A raça se extinguiu porque nasciam poucos filhos. Quanto mais belos os brasiliários, mais cegos e mais puros e mais faiscantes, e menos filhos. Não havia em nome de que morrer. Milênios depois foi descoberta por um bando de foragidos que em nenhum outro lugar seriam recebidos; eles nada tinham a perder. Ali acenderam fogo, armaram tendas, pouco a pouco escavando as areias que soterravam a cidade. Esses eram homens e mulheres menores e morenos, de olhos esquivos e inquietos, e que, por serem fugitivos e desesperados, tinham em nome de que viver e morrer. Eles habitaram as casas em ruínas, multiplicaram-se, constituindo uma raça humana muito contemplativa. – Esperei pela noite, noite veio, percebi com horror que era inútil: onde eu estivesse, eu seria vista. O que me apavora é: é vista por quem? – Foi construída sem lugar para ratos. Toda uma parte nossa, a pior, exatamente a que tem horror de ratos, essa parte não tem lugar em Brasília. Eles quiseram negar que a gente não presta. Construções com espaço calculado para as nuvens. O inferno me entende melhor. Mas os ratos, todos muito grandes, estão invadindo. Essa é uma manchete nos jornais. – Aqui eu tenho medo. – Este grande silêncio visual que eu amo. Também a minha insônia teria criado esta paz do nunca. Também eu, como eles dois que são monges, meditaria nesse deserto. Onde não há lugar para as tentações. Mas vejo ao longe urubus sobrevoando. O que estará morrendo meu Deus? – Não chorei nenhuma vez em Brasília. Não tinha lugar. – É uma praia sem mar. – Mamãe, está bonito ver você de pé com esse capote branco voando (É que morri, meu filho). – Uma prisão ao ar livre. De qualquer modo não haveria pra onde fugir. Pois quem foge iria provavelmente para Brasília. Prenderam-me na liberdade. Mas liberdade é só que se conquista. Quando me dão, estão me mandando ser livre. – Todo um lado de frieza humana que eu tenho, encontro em mim aqui em Brasília, e floresce gélido, potente, força gelada da Natureza. Aqui é o lugar onde os meus crimes (não os piores, mas os que não entenderei em mim), onde os meus crimes não seriam de amor. Vou embora para os meus outros crimes, os que Deus e eu compreendemos. Mas sei que voltarei. Sou atraída aqui pelo que me assusta em mim. – Nunca vi nada igual no mundo. Mas reconheço esta cidade no mais fundo de meu sonho. O mais fundo de meu sonho é uma lucidez. – Pois como eu ia dizendo, Flash Gordon... – Se tirasse meu retrato em pé em Brasília, quando revelassem a fotografia só sairia a paisagem. – Cadê as girafas de Brasília? – Certa crispação minha, certos silêncios, fazem meu filho dizer: puxa vida, os adultos são de morte. – É urgente. Se não for povoada, ou melhor, superpovoada, uma outra coisa vai habitá-la." (Blog Clarice Lispector)


(1- Lauro Campos. 2- Cristovam Buarque. 3- Jofran Frejat. 4- Tim Martins. 5- Gilberto Amaral. 6- Consuelo Badra. 7- Gustavo Dourado. 8- Tom Zé. 9- Plínio Mosca. 10- Tetê Catalão. 11- Biafra. 12- Carlos Elias, Manoel Brigadeiro e Hélio) 

AOS BRASILEIROS QUE SENTEM ORGULHO DE SEREM BRASILEIROS, QUE ODEIAM A MAIORIA DOS POLÍTICOS E A CORRUPÇÃO QUE ELES CARREGAM NA BAGAGEM: "COM TODO AMOR QUE HOUVER NESTA VIDA E ALGUM REMÉDIO QUE ME DÊ ALEGRIA".

(Para ouvir esse vídeo, interrompa o som automático que está no final desta página, a direita)

SOBRE O VÍDEO ACIMA (Brasília em Cores e Traços) - Vídeo que reúne dezesseis obras de artes plásticas de Ton MarMel inspiradas na plasticidade dos edifícios, projeto urbano e paisagistico de Brasília - DF criada pelos geniais arquitetos Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e Burle Marx, com poema SINFONIA DA ALVORADA, composto por Vinícius de Moraes e Tom Jobim, declamado por Vinícius e orquestrado pelo maestro Tom Jobim. por acasião da inauguração festiva de Brasília. "Deste planalto central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino." (Brasília, 2 de outubro de 1956). Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.

SABÃO CONGRESSO: O ÚNICO QUE A DONA DE CASA SABE QUE LIMPA... (Ton MarMel)

"... CÉU DE BRASÍLIA
TRAÇO DO ARQUITETO
GOSTO TANTO DELA ASSIM
gosto de filha música de preto
gosto tanto dela assim
essa desmesura de paixão
é loucura do coração
minha foz do iguaçu
polo sul, meu azul
luz do sentimento nu
esse imenso, desmedido amor
vai além de seja o que for
vai além de onde eu vou
do que sou, minha dor,
minha linha do equador
mas é doce morrer nesse mar
de lembrar e nunca esquecer
se eu tivesse mais alma pra daria

eu daria, isso para mim é viver

Luz das estrelas
laço do infinito
gosto tanto dela assim
rosa amarela
voz de todo grito
gosto tanto dela assim
esse imenso, desmedido amor
vai além de seja o que for
vai além de onde eu vou
do que sou, minha dor
minha linha do equador
esse imenso, desmedido amor
vai além de seja o que for
passa mais além..."

(Linha do Equador, Djavan)

(Para ouvir esse vídeo, interrompa o som automático que está no final desta página, a direita)




"Eu andava de bicicleta pelas ruas de Brasília
E a água batia nas nossas pernas





Você na garupa, pedia cuidado
E eu corria mais, como quem
Nem sabe o que é medo


Agora eu conheço o medo
Ficar grande é chato demais



Agora eu sonhei com você
Foi em preto-e-branco
Tinha um pouco de mim quando criança..."




(Bicicleta, Eduardo Rangel)




(Para ouvir esse vídeo, interrompa o som automático que está no final desta página, a direita)





PS(post scriptum): Devido a enorme quantidade de amigos e lamentando a falta de espaço, peço a gentileza de não ficarem muito incomodados por não haverem sido citados, mas certamente suas pessoas, imagens, contribuições e trabalhos jamais serão esquecidos.



(Ton MarMel Ton)


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