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Bem vind@ à página de Ton MarMel (anTONio MARtins MELo), Artista Visual que desde infante manifestou talento para pintura, desenho, escultura, frequentou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, recebeu vários prêmios, participou de salões de arte, exposições individuais e coletivas, e também é jurista, Advogado pós-graduado, especialista em Direito Público.

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terça-feira, junho 12, 2012

PAIXÃO E AMOR: NAMORADOS ETERNOS


Os assuntos – paixão, amor, namorado, família, casamento eterno, bom partido, pessoa interessante, atrativos, laços de família - não são novidades e os temas são corriqueiros e infindáveis e sempre despertam curiosidades. Afinal, toda família é formada de gente diferente com uma história em comum, e entender as mudanças que estão ocorrendo em nossas casas e apartamentos é necessário para sabermos como as relações familiares estão se transformando rapidamente.




De fato, não se precisa da cena triste que as televisões mostram de dissolução de casamentos mal formados que terminam em esquartejamento de um dos cônjuges para se ficar estarrecido e questionar a esse respeito. E é justamente em momentos como esses que as boas notícias renascem e se confirmam para o azar de especialistas de plantão: a família não vai acabar; mas sobreviverá com mudanças necessárias.

Os laços familiares foram os mesmos durante séculos. Agora esse modelo está mudando: não é mais uma obrigação social, mas é uma escolha baseada no afeto. As relações pautadas pelo afeto expandiram a forma das famílias. Pais e filhos, sim. Mas agora amigos e outros afetos podem integrar a nova família de hoje, num mundo em constante mudança em que relacionamentos são reinventados diariamente.

1 - MUDANÇA DE HÁBITO: A REVOLUÇÃO DO BOM PARTIDO

Esses dias ouvi a expressão de que “fulano era um bom partido” e fiquei refletindo a respeito do que se queria dizer com o fato de uma pessoa ser ou não “um bom partido”.

E, analisando a questão a qual me propus veio-me que hoje, homens e mulheres descobriram que um belo rostinho, um corpo escultural e malhado, um bom emprego estável e uma bela conta bancária já não são os itens mais importantes e suficientes para encantar o sexo oposto, e itens como cultura, qualidade de vida, gostos por arte e literatura, lazer e esporte a dois, formação e convívio familiar se unem a nova lista de bons atributos que mudam o conceito de uma “pessoa interessante” e a torna “um bom investimento”.

De fato, homens e mulheres andam tão voltados para suas profissões, formações, preocupações com tudo a sua volta, agenda profissional, afazeres cotidianos e poluição visual e cultural que apesar da lenta transformação nos conceitos e valores sociais a realidade apanha pessoas de surpresa. Afinal, a maquiagem e chapinha em dia, roupa bacana, corpinho lapidado em academia, seja no auge dos 20, 30, 40, 50 aninhos, tanto faz, a mulher saudável, solteira ou descasada, bem-sucedida e bonita começa a desconfiar da sua capacidade de sedução e investigando percebe que a qualidade dos pretendentes que surgiram nos últimos tempos não era exatamente louvável, e algumas até chegam a se questionar achando que possuem “um dedo podre” na hora da escolha de seus namorados e companheiros, ou , ainda, que parece miopia masculina, mandinga de amiga invejosa ou as duas coisas juntas.

Por outro lado, sem se darem conta de que o conceito de “pessoa interessante” vem sofrendo mudanças silenciosas, da mesma forma que acontece com as mulheres, com o mesmo requinte de crueldade, para os homens não basta a mulher possuir os requisitos básicos dos anos 60 do século passado de ser apenas linda, “de boa família” e prendada, pois aos homens não basta mais ser o binômio bonito e trabalhador, requisito básico da época da vovozinha.

Hoje, com a igualdade de direito jurídico-social conquistada - ao menos em tese e formalmente – homens e mulheres classificados como interessantes e, por consequência desejados, aproveitam seus dias para investirem em suas profissões e formação profissional dosando e alterando seus dias de maneira equilibrada entre um tempo para si mesmos, seus familiares e amigos, gastam mais tempo em livrarias, em galerias de artes que em frente a Tv assistindo jogo de futebol ou fazendo compras em shopping’s; investem mais em qualidade de vida do que em modelo de carro, se preocupam mais com o ser que com o ter, com a essência do que com a aparência, com o conteúdo que o ter tudo, com a família, valores e relações duradouros que rápidos e desgastantes casinhos amorosos e prazeres com “peguetes” e “piriguetes” descartáveis que a nada levam; investem em cursos, em causas sociais, em coisas que ocupem de forma útil o tempo e o espaço de vida. Esses são os novos e “bons partidos” que começam a conquistar espaços. Esses são os novos “bons partidos” que são os paradigmas e conquistam corações e mentes.

Encontrá-los, no entanto, não é tarefa das mais fáceis numa realidade de valores tão degradados, de comuns, de iguais e aparência tão uniformizada e padronizada. Ingressar no seleto clube do “bom partido”, muito menos, pois os “bom partido” não se compra, não está a venda, mas pode ser conquistado, feito, moldado no cotidiano com boa formação e bons princípios. Esses são os requisitos, os materiais e componentes indispensáveis para a fórmula do “bom partido”. Junte esses elementos a sua subjetividade, gostos e interesses pessoais e certamente mais um novo e “bom partido” haverá surgido através de você.


2 - A ANATOMIA DA PAIXÃO E DO AMOR SEM FRONTEIRAS

A começar do clichê de que, por regra, o amor não tem regras, os apaixonados sabem que o que os une é mais semelhança do que diferença. Daí que nada é suficiente para interromper uma história predestinada a um final feliz.

Assim, dissecando esse tópico para melhor entender o que se passa, em tempos do Dia dos Namorados todas as emoções tendem a ganhar ares superlativos até porque além da felicidade dos casais apaixonados também há aqueles que carregam as incertezas de serem ou não correspondidos; e, neste segundo caso e adentrando o tópico, é verdade que a paixão provoca alterações corporais e efeitos físicos.

Ora, ainda hoje pessoas acreditam que o coração só está completo quando encontram uma paixão, quando estão amando, ou que o coração partiu-se quando sofreram uma decepção amorosa, e, em verdade, se o cupido flechasse o coração o corpo simplesmente pararia de funcionar pela falta de funcionamento da bomba de circulação sanguínea e a pessoa simplesmente morreria. E, apesar disso, ainda hoje as pessoas teimam em desenhar dois coração nas árvores, cadernos e muros com suas iniciais e da pessoa amada como símbolo e representação de seus sentimentos. Entretanto, lamentando informar, a ciência passa a régua no assunto e propala como verdade absoluta que paixão e amor estão no mesmo lugar da razão, ou seja, no cérebro.

Em verdade e traduzindo a grosso modo são sensações que ocorrem graças as alterações de neurotransmissores, por isso, quando a pessoa está apaixonada, não come direito ou come demais, não dorme direito ou dorme demais, não para de pensar na outra pessoa, pois tudo se altera no sistema límbico que é o centro das emoções, causando alterações nas funções cerebrais como os do hipotálamo que é responsável pela fome, sede, sono e libido.

3- PAIXÃO E AMOR NA CIÊNCIA E VIDA: O ESSENCIAL E O SUPÉRFLUO

Hoje, afirmam cientistas que a paixão pode durar mais de 3 anos e é caracterizada pela forte alteração nos neurotransmissores cerebrais acompanhadas de mudanças bruscas de comportamento, especialmente quando a paixão não é correspondida, caso em que se revela em forma de depressão ou outros transtornos.

Já o amor surge naturalmente como um estabilizador do estado eufórico dos sintomas da paixão porque se a pessoa vivesse em constante estado de paixão com tantas alterações químicas o corpo não suportaria normalmente e entraria em pane, e nessa fase não há mais atos impensados, mas tão somente sensação de bem-estar, conforto, segurança, satisfação plena e paz.

Historicamente, a idéia de que o amor tem a ver com o coração data do famoso filósofo grego, Aristóteles. Para ele o coração era a sede controladora dos sentimentos e pensamentos porque quando alguma coisa abala emocionalmente o ser humano sente-se taquicardia, e essa idéia influenciou toda a cultura ocidental, e até hoje quando as pessoas se referem a paixão e ao amor fazem alguma referência como “coisas do coração”. Mas, depois de toda evolução científica havida na época do Renascimento, a anatomia e fisiologia passaram a ser amplamente estudadas e descobriu-se que a função primordial do coração em verdade é bombear o sangue para as artérias do corpo.

Por outro lado, se paixão e amor alteram o estado físico, emocional e psicológico de uma pessoa retirando-a do estado que se poderia chamar de ideal ou “normal”, poderia se questionar que a paixão e amor podem fazer mal? Realmente, de fato, podem ser prejudiciais pois causam alterações físicas até negativas no apetite, no sono, na concentração e podem levar a depressão e morte. Por outro lado, seja como for, em verdade quando se está apaixonado não há o menor interesse em se saber o que está acontecendo no corpo, e sim se somos correspondidos ou não. Mesmo que haja um fundamento fisiológico para o amor, ele continua sendo um sentimento nobre que mobiliza todos nós.

Depois de refletirmos sobre isso tudo: afinal por que as pessoas se apaixonam? Sinceramente, não sei!!! Sei apenas que a natureza é muito sábia e faz com que as pessoas se aproximem umas das outras e de tudo e todos a sua volta, e que depois de aproximá-las pode mantê-las unidas para sempre, e essa união tem que durar muito mais que o tempo suficiente para que os filhos e frutos da paixão e do amor possam nascer, crescer, serem criados e multiplicados e não morram de inanição por abandono, como acontece com os animais irracionais.

FINALIZANDO, e sem querer mais alongar-me e ser mais chato do que já fui, deixo evidente que ao experimentar debruçar-me mais uma vez sobre o tema da Paixão e Amor o fiz vestido da toga de jurista forense acostumado a batalhas processuais nada agradáveis que travam famílias em situações limites, terminais; e o fiz vestido do avental de artista plástico que tem como ferramenta básica de expressão a emoção estética social – portanto, pela visão jurídico-artística – adicionadas de referências de trabalhos de outras ciências, a exemplo da psicologia e psiquiatria. Assim, em despretensiosa abordagem, esse ensaio serve mais como registro de especulação que qualquer outra coisa.

O assunto é longo, é extenso e nesse curtíssimo ensaio não cabem maiores dissecações, por isso se traçou um mapa em linhas gerais que podem, merecem e devem ser mais detalhados.

Grandioso abraço reflexivo.

Feliz Dia dos Namorados a todos.

Ton MarMel.


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