Duas sementes descansam lado a lado no solo fértil da primavera.
(Ton MarMel, foto. @marmel, #marmel) |
A primeira semente diz: - Eu quero crescer! Quero enviar minhas raízes às profundezas do solo e fazer meus brotos rasgarem a superfície da terra .... Quero abrir meus botões como bandeiras, anunciando a chegada da primavera ... Quero sentir o calor do sol em meu rosto e a bênção do orvalho da manhã em minhas pétalas!
E assim ela cresceu.
A segunda semente diz: - Tenho medo. Se eu enviar minhas raízes às profundezas, não sei o que encontrarei na escuridão. Se rasgar a superfície dura, posso danificar meus brotos ... e se eu deixar que meus botões se abram e um caracol tentar cornê-los? E se abrir minhas flores e uma criança me arrancar do chão? Não é muito melhor esperar até que eu me sinta segura?
E assim ela esperou.
Uma galinha, ciscando no solo da primavera recente, à procura de comida, encontrou e rapidamente comeu a semente que esperava por segurança. E a segunda semente descobriu, tarde demais, que os que se recusam a correr riscos e crescer são engolidos pela vida.
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